quarta-feira, 5 de janeiro de 2011





Inimigo da vida
O álcool em excesso continua sendo a 3ª causa que mais mata
Por: Kaique Moura
Bastam sete copos de cerveja, ou quatro taças de vinho ou duas doses de pinga, vodca, tequila, rum ou uísque por dia para correr o risco de se tornar dependente do álcool. Podem ser dosagens menores diárias, você não percebe. Se esse hábito faz parte freqüentemente de sua vida e você não consegue controlar cuidado, você pode estar se tornando um bebedor de risco. Essa é a categoria de pessoas que aparentemente tem uma relação tranqüila com o álcool e cometem algum deslize de vez em quando, gira em torno de 30 milhões de Brasileiros.
O álcool continua sendo a maior praga responsável pela destruição de vidas. Mas todos sabem principalmente os pais, que a dependência leva a uma destruição de lares, pois a família sofre junto. E não para por aí, tudo vai acontecendo: perda de emprego, o casamento termina, bens são trocados por dinheiro para consumir o álcool, perde-se a dignidade. Depois chegam os problemas de saúde, alguns se envolvem com o crime, outros em acidentes.

DADOS PREOCUPANTES

Segundo o idealizador e coordenador do projeto “Sou Feliz Sem Drogas”, Nelson Hossri Neto, somente na cidade de Campinas, por exemplo, aos fins de semana a cada 10 acidentes, em oito deles o motorista está alcoolizado. Outro dado é que a cada 10 casos de alcoolismo, quatro são mulheres. No I Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, de 2007, publicado pelo SENAD- Secretária Nacional Antidrogas, ficou comprovado que 3 doses de 250 ml de álcool diárias, aumentam em 70% a chance de câncer de mama nas mulheres.
Nelson Hossri diz que cada dia mais cedo o jovem vem tendo contato com as drogas. “Cerca de 33% dos jovens entre 14 e 17 anos já ingeriram bebida alcoólica, por isso a alta demanda de adolescente procurando vaga em clínicas de recuperação, grupos de recuperação, grupos de Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos”
Além disso, houve um aumento de pelo menos 50% no número de mulheres que consomem bebidas alcoólicas em quantidades acima do normal. Há diferenças no modo como os homens e mulheres se relacionam com a bebida. Segundo A. S, de 17 anos, “eu bebia para me soltar e afogar as mágoas dos caras que não fiquei. Milhares de vezes eu saí carregada das festas e não me lembrava de nada no dia seguinte”.
O álcool é consumido por milhares de pessoas porque inicialmente ela é caracterizada como símbolo de comemoração, ou seja, ela permite o prazer. Isso ocorre porque a ação do álcool no cérebro concentra-se em dois neurotransmissores: a dopamina, que é responsável pelo prazer e sobe rapidamente quando se consome uma dosagem de caipirinha, por exemplo, e também, o Gaba, que é um tranqüilizante produzidos no cérebro que se reduz com o consumo de bebidas.

ESTOU VICIADO?

Existem algumas formas de saber se o álcool está tornando você jovem uma pessoa viciada. Para Nelson Hossri existem alguns sinais e sintomas do uso e da dependência do álcool: “é a sonolência, a fala dificultada, a falta de coordenação, a memória afetada, a confusão, a respiração desacelerada e pressão sanguínea diminuída, tontura e a depressão”.
Nelson Hossri também afirma que existem fases de evolução do alcoolismo. A primeira delas é o contato, o jovem está na festa, bebe para mostrar a maturidade “A segunda fase é a fase do leão, a pessoa começa a se tornar agressiva, cria problemas, perde o controle de sua vida, abala relacionamentos. A fase final é a fase do porco, é quando a pessoa perdeu a sua dignidade, e a pessoa precisa de ajuda, para assumir-se dependente do álcool”. Nesta fase a pessoa tem obsessão pelo copo vazio chegou à metade ela já completa o copo. “A pessoa falha repetitivamente na tentativa de parar.”
Por isso que você que é pai ou mãe procure sempre alertar seu filho para que ele saiba como enfrentar quaisquer adversidades que surjam. O mais importante é que eles saibam que podem contar com o seu amor e a sua ajuda.

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