100 Anos de muita vitalidade e amor
Dona Ábia mora sozinha, faz todas as atividades da casa e afirma que é a sua devoção por Deus é o responsável por tamanha vitalidade
O final do mês de junho foi muito especial para a moradora de Campinas, a senhora Ábia Fondelo Leandro que completou 100 anos de idade. Sua família composta por 162 descendentes diretos, dentre eles dois maridos, 15 filhos, 52 netos, 79 bisnetos e 17 tataranetos organizaram uma festa surpresa em uma chácara para comemorar o centenário de uma pessoa tão especial a eles, a responsável pelo crescimento de uma família tão numerosa.
Dona Ábia a flor da idade, transmite muita paz e tranqüilidade para os que a conhecem. Com sua saúde e sabedoria é uma grande inspiração não só a família, mas à todos que conhecem. “Sempre ensinei a meus familiares, que o mais importante é ser honesto, é respeitar o próximo acima de tudo, me dediquei ao máximo para que meus filhos tivessem uma educação exemplar, nunca pegando o que não lhes pertence. E acima de tudo, eduquei com amor e carinho. Todos os meus filhos cuidavam dos seus pertences, sabiam cuidar da casa. Nos dias de hoje, essas ideias foram abandonadas, não existe mais essa preocupação”, desabafa dona Àbia.
Nascida em Santo Antônio de Jacutinga, Minas Gerais, na roça, Dona Ábia se recorda das fases contentes que viveu na infância. “Os momentos foram muito alegres, dançando, cantando, em casamentos em festas”. O pai de Dona Ábia fazia sanfonas e ela tinha dois irmãos que tocavam o instrumento, por isso a música sempre presenteava a família com momentos alegres. Outra passagem que a centenária se recorda é que durante o período da Primeira Guerra Mundial ela e toda sua família precisaram se mudar para a roça, levando mantimentos, máquina de costura, ficaram por volta de quinze dias sem poder voltar pra casa, “fomos avisados que iriam colocar fogo nas casas, então deixamos o lar, levando mantimentos, coisas de valor e esperamos a poeira abaixar para voltar para casa. Ainda bem que eles não vieram e pudemos voltar”, lembra dona Abiá.
Dos ensinamentos da roça vieram à força de vontade para trabalhar e nunca parar, e, por isso, ela vive sozinha por opção, mas sempre tem visitas, as quais faz absoluta questão de preparar e oferecer um café. Também cuida das plantas, um grande passatempo, lava louça, roupa, cuida dos passarinhos que tem em casa. “Não penso em parar tão cedo, todos os dias acordo e converso com Deus orando para ele me ajudar a continuar fazendo minhas coisinhas, vivendo com saúde. A fé é muito importante, sem Deus eu não estaria mais aqui, com certeza. Ele é o responsável por todos nós, sem ele a vida não anda nos eixos”, ensina Dona Ábia.
Tia Cuca, filha de Dona Ábia conta que sempre que a vê ela fala algo sobre Deus, de maneira pura, simples e não dogmática. “Tenho a clara impressão de que ela se relaciona muito bem consigo mesma, que está de bem com a vida e com o universo. Todas as conversas que tenho com ela são proveitosas, e ainda hoje levo uns puxões de orelha”.
Firme na proximidade dos 100 anos, ela faz inveja até com os médicos. Em uma situação, “O doutor me perguntou qual era a receita para chegar tão longe. Eu disse a ele: ‘Ora, doutor, é o senhor quem deve me dar uma receita, mas uma coisa eu sei é a fé e a presença de Deus em minha vida’”, brincou, espirituosa. Ela nasceu em 1910, quando o carro popular ainda era uma “novidade” no mundo e o telefone celular nem sonhava em existir. Em relação às tecnologias novas Dona Ábia só tem a declarar que não assiste televisão, e acredita que hoje houve um abandono do respeito as pessoas. “Só se vê mulher pelada, e por isso, alguns homens são mais ousados”.
Evangélica fervorosa, Dona Ábia diz que sua longevidade e lucidez é explicada por que: “Nunca bebi, nunca fumei, sempre trabalhei, mas sem exageros. Tenho uma família honesta, Acho que é este o segredo” que vai a Igreja a pé, usando um salto alto. Esse é o exemplo de vida que todas as pessoas deveriam ter, e pelo menos ouvir o que ela tem a contar.
Evangélica fervorosa, Dona Ábia diz que sua longevidade e lucidez é explicada por que: “Nunca bebi, nunca fumei, sempre trabalhei, mas sem exageros. Tenho uma família honesta, Acho que é este o segredo” que vai a Igreja a pé, usando um salto alto. Esse é o exemplo de vida que todas as pessoas deveriam ter, e pelo menos ouvir o que ela tem a contar.
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