Mudanças extremas do clima
Será que estamos preparados para esses impactos?
Há algum tempo estamos sendo atingidos por uma variação climática muito grande. No final do último mês, moradores de Campinas tiveram uma chuva com ventania que chegou a 73,2 Km/h, provocando quedas de árvores, acidentes de carros, muitas casas foram destelhadas. Em Santa Catarina no final de 2008 também teve o seu período crítico, foram 78 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas, e quase 1,5 milhão de pessoas atingidas pelas chuvas. No último dia 7 de setembro um poderoso tornado invadiu o município de Guaraciaba, no oeste de Santa Catarina. Como se observa em pequenos espaços de tempo eventos climáticos que não deveriam ser muito freqüentes vem ocorrendo em pequenos espaços de tempo. O problema maior é que se observa um descaso da população e certo descuido em relação a pequenas medidas que reduziriam os riscos desses eventos extremos. Será que estamos preparados para essas mudanças?
Para Ana Maria Ávila, especialista em clima do CEPAGRI – Centro de Pesquisas Metereológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura, o que se observa é que o país teve um verão muito forte como há muito tempo não havia tido, e um inverno muito mais chuvoso do que o normal. “Tivemos a ocorrência de muitos fenômenos anômalos, atípicos, como a ocorrência de chuva de Granizo aqui mesmo na cidade de Campinas. Para Ana Avila, as pessoas não estão preparadas para esses eventos climáticos, porque não acreditam no que possa ocorrer.
O aumento da concentração de poluentes, por exemplo, intensifica a chance de temporais nas grandes áreas urbanas. A expectativa de um aumento de temperatura também aumenta a chance desses fenômenos climáticos atípicos. A especialista afirma que chuvas de granizo, por exemplo, podem causar danos aos indivíduos, “uma das causas seria uma descarga elétrica, ou o afogamento”.
Enchentes são muito comuns na estação do verão, mas os governantes de cada estado muitas vezes não estão preparados para controlar. No estado de São Paulo, por exemplo, a Defesa Civil se mobiliza para tentar prevenir os danos provocados pela chegada das chuvas. Nos locais em que as enchentes são freqüente o que deveria ser feito é a limpeza de bueiros e canalização, obras nos córregos, ampliação de galerias e muros de contenção.
Talvez parte disso não fosse necessária se cada cidadão tomasse pequenos cuidados para a melhora do meio ambiente. Para Ana Maria Ávila “as pessoas deveriam ter consciência sobre a questão do lixo, jogar ele no lugar certo. O lixo que é jogado nos córregos, bueiros, impede que a água escoe”. Outro ponto é que populações gigantescas se concentram perto de áreas aquáticas. Debaixo da cidade existem as veias de água, fica difícil o escoamento de água.
O risco de temporal não só causa danos ao meio ambiente. Pessoas devem evitar sair às ruas em temporais, principalmente de carros. O excesso de automóveis dificulta escoamento da água. Temporais acompanhados de ventos fortes podem derrubar arvores abrir a boca de lobo dos bueiros. Por isso, em caso de temporal desligue objetos eletrônicos e evite sair de casa.
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