terça-feira, 28 de dezembro de 2010

e em Dezembro 2009 Staff 39

Finalizando o primeiro semestre colaborando com a Revista Staff, escrevi matérias sobre o Rei Roberto Carlos, alcoolismo.

No meio de Dezembro 2009 saia mais uma edição da Staff.

Depois foram alguns dias de férias e me preparando para assumir um Jornal.

Em 2010 foi lançado o Jornal Staff.

Rafaela Fischer - Novela Viver a Vida

Mudanças Extremas do Clima

Mudanças extremas do clima

Será que estamos preparados para esses impactos?

Há algum tempo estamos sendo atingidos por uma variação climática muito grande.  No final do último mês, moradores de Campinas tiveram uma chuva com ventania que chegou a 73,2 Km/h, provocando quedas de árvores, acidentes de carros, muitas casas foram destelhadas. Em Santa Catarina no final de 2008 também teve o seu período crítico, foram 78 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas, e quase 1,5 milhão de pessoas atingidas pelas chuvas. No último dia 7 de setembro um poderoso tornado invadiu o município de Guaraciaba, no oeste de Santa Catarina. Como se observa em pequenos espaços de tempo eventos climáticos que não deveriam ser muito freqüentes vem ocorrendo em pequenos espaços de tempo. O problema maior é que se observa um descaso da população e certo descuido em relação a pequenas medidas que reduziriam os riscos desses eventos extremos. Será que estamos preparados para essas mudanças?
Para Ana Maria Ávila, especialista em clima do CEPAGRI – Centro de Pesquisas Metereológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura, o que se observa é que o país teve um verão muito forte como há muito tempo não havia tido, e um inverno muito mais chuvoso do que o normal. “Tivemos a ocorrência de muitos fenômenos anômalos, atípicos, como a ocorrência de chuva de Granizo aqui mesmo na cidade de Campinas. Para Ana Avila, as pessoas não estão preparadas para esses eventos climáticos, porque não acreditam no que possa ocorrer.
O aumento da concentração de poluentes, por exemplo, intensifica a chance de temporais nas grandes áreas urbanas. A expectativa de um aumento de temperatura também aumenta a chance desses fenômenos climáticos atípicos. A especialista afirma que chuvas de granizo, por exemplo, podem causar danos aos indivíduos, “uma das causas seria uma descarga elétrica, ou o afogamento”.
Enchentes são muito comuns na estação do verão, mas os governantes de cada estado muitas vezes não estão preparados para controlar. No estado de São Paulo, por exemplo, a Defesa Civil se mobiliza para tentar prevenir os danos provocados pela chegada das chuvas. Nos locais em que as enchentes são freqüente o que deveria ser feito é a limpeza de bueiros e canalização, obras nos córregos, ampliação de galerias e muros de contenção.
Talvez parte disso não fosse necessária se cada cidadão tomasse pequenos cuidados para a melhora do meio ambiente. Para Ana Maria Ávila “as pessoas deveriam ter consciência sobre a questão do lixo, jogar ele no lugar certo. O lixo que é jogado nos córregos, bueiros, impede que a água escoe”. Outro ponto é que populações gigantescas se concentram perto de áreas aquáticas. Debaixo da cidade existem as veias de água, fica difícil o escoamento de água.
O risco de temporal não só causa danos ao meio ambiente. Pessoas devem evitar sair às ruas em temporais, principalmente de carros. O excesso de automóveis dificulta escoamento da água. Temporais acompanhados de ventos fortes podem derrubar arvores abrir a boca de lobo dos bueiros. Por isso, em caso de temporal desligue objetos eletrônicos e evite sair de casa. 


20 anos sem Raul Seixas

20 anos sem o Maluco Beleza

Cantor, compositor, autor de frases profundas Raul Seixas é lembrado pela música nacional



“Toca Raul”, quem nunca gritou nas noites brasileiras, o “Toca Raul”. Há vinte anos o público brasileiro perdia o cantor Raul Seixas, também conhecido como roqueiro filósofo. Essa marca é justificada porque suas canções tinham mensagens muito profundas que eram expressas de forma maluca. Quem não se lembra de “Eu não sou besta pra tirar onde de herói. Sou vacinado, eu sou cowboy, cowboy fora da lei”.
Também chamado de Maluco Beleza o cantor e compositor fez a história no Brasil, nascido em Salvador era uma pessoa muito simples e culta. Em casa possuía uma cultura que o faz adiantar-se àquilo que era ensinado nas escolas, porque ele mergulhava nos livros que tinha à disposição na biblioteca do pai. Essa aspiração por uma cultura mais alternativa proporcionou um gosto musical mais elitizado. Nomes como Luiz Gonzaga, e Elvis Presley fizeram parte da vida de Raul.
Mas foi um Festival Internacional da Canção promovido pela Rede Globo em 1972 que deu a projeção nacional para Raul Seixas. Foram duas músicas de sua autoria “Let me Thing” e “Eu sou eu Sucuri é o Diabo”. No ano seguinte “Ouro de Tolo” fez com que a carreira de Seixas explodisse. A música era um deboche sobre a Ditadura e o Milagre Econômico, cuja  letra era quase uma autobiografia.
Em 1973 Seixas foi contratado pela Philipps (hoje Universal Music), gravando o LP “Krig-Há, Bandolo”. Nesse momento havia sido estabelecida uma parceria com o escritor Paulo Coelho lançando grandes hits nacionais, como Mosca na Sopa, Al Capone e a Metamorfose Ambulante: “Eu prefiro ser, essa metamorfose ambulante. Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.
Logo Seixas ficou conhecido não só por ser um ótimo compositor e cantor como também por divulgar a Sociedade Alternativa. Foi preso e torturado pelo DOPS, exilou-se nos Estados Unidos. No entanto a música Gita que vendeu mais de 600.000 cópias e rendeu um disco de ouro, o fez retornar ao Brasil. Quem não se recorda de: “As vezes você me pergunta, por que é que eu sou tão calado/ Não falo de amor quase nada/ Nem fico sorrindo ao teu lado...”

“Há Dez Mil Anos Atrás”

Outras marcas de Raul foram seus LPs: “Novo Aeon” e “Há Dez Mil Anos Atrás”. Alguns dos seus marcos apesar de sucesso de público tinham desgosto da crítica. Eram os discos: O Dia em Que A Terra Parou, Mata Virgem e Por Quem Os Sinos Dobram. Esse maluco beleza soltava frases de muito impacto, com muita profundidade. Para ele a arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal. E mais profundo ainda: “Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca dentro e viaje eternamente em nossos corpos.
Nos últimos dois anos da década de 70 a vida pessoal de Raul Seixas começou a ir para um abismo. Ele começou a ter problemas de saúde devido ao consumo em excesso de álcool, que lhe causa a perda de um terço do pâncreas. Ele separa-se da mulher e filha que se mudam para os EUA. Conhece uma nova mulher, mas em menos de um ano de relacionamento se separa e começa a sofrer de depressão. Nos anos seguintes, tenta por várias vezes se recuperar. Grava outros LPS, tem uma nova filha. Em 1987 grava um disco de muito sucesso, e participa de programas de televisão como o fantástico.
O último disco lançado foi feito em parceria com um amigo de Seixas, o Marcelo Nova, foi intitulado de A Panela do Diabo. Este foi lançado um dia após a morte de Raul. O cantor foi vítima de uma parada Cardíaca, seu alcoolismo somado a diabete e o fato de não ter aplicado a insulina causaram-lhe uma pancreatite aguda fulminante. Esse álbum rendeu a família de Seixas um disco de ouro.
Nos dias de hoje as canções de Seixas permanecem eternizadas pelo gosto público. E a mensagem de suas canções pode ser seguida até hoje, como em Tente Outra Vez: “Veja. Não diga que a canção está perdida. Tenha fé em Deus, tenha fé na vida, tente outra vez”.



Como as religiões encaram a passagem da vida para a morte

A passagem

Como as religiões encaram a passagem da vida para a morte



A morte é um tema que assusta muitas pessoas, elas nem gostam de falar sobre o tema, é considerada algo que deve ser combatido a qualquer custo. A morte se assemelha ao fracasso, por isso a sua negação tem ganhado força. O termo é empregado de diversas maneiras, e o que ocorreu foi à negação da morte. Ela está mascarada. È usada para intensificar sentimentos, “morrendo de fome”, “morrendo de saudade”. Para falar da morte dizemos que a pessoa “descansou”, foi para o céu. As pessoas não são preparadas para perder as outras, mas como as diversas religiões encaram essa questão?

"A morte é a única coisa certa na nossa vida, no entanto ninguém está preparado para ela", diz o telefonista Wagner Siqueira de 23 anos, mesclando saudade e ao mesmo tempo já superando a morte da avó. “Ela teve câncer, e ver uma pessoa morrer aos poucos, sem você poder fazer nada, é agonizante”.


Budismo

Para os budistas, com a morte o corpo se transforma em elementos da natureza, mas a energia das ações e das palavras continua repercutindo na vida de outras pessoas por muito tempo. As pessoas já durante a vida são preparadas para entender que a morte é mais um processo da vida, pois a meditação possibilita a compreensão de que tudo é interligado e transitório. Além disso, os budistas acreditam na reencarnação, um ser mais “verdadeiro’, puro, irá retornar. O ritual da morte é representado por flores, velas e incenso no velório, e os parentes usam roupas escuras e fazem preces. O luto dura 49 dias, e a cada 7 dias são lidas preces de textos sagrados.

Cristianismo

A morte é vista como uma passagem, as pessoas são julgadas pelas suas atitudes, se vivem para Deus ou para o mundo. O dom da vida é uma preciosidade que Deus deu e não se deve desperdiçá-la com tolices. Os cristãos acreditam no paraíso, que suas almas viverão eternamente ao lado do Pai. O Inferno nada mais é viver eternamente longe de Deus e não só ter a morte  corporal, mas sim a espiritual.


Islamismo

 A morte é a passagem desta vida para a vida eterna. As pessoas que fazem o bem serão julgadas por Deus vão para o paraíso, os que fazem o mal irão para o inferno. Desde a infância, o islamita tem a noção de que tudo que começa tem um fim. O ritual é dessa forma: o corpo é levado pelos familiares, sempre do mesmo sexo, e enrolado em panos brancos. Depois é colocado em um caixão para que os entes mais próximos se despeçam. Depois disso o corpo é levado a mesquita, e a partir desse momento somente os homens participam. O luto dura 3 dias, quando a mulher perde o marido, esse tempo sobe para 130 dias, e ela não pode sair de casa, a não ser em emergências.

Espiritismo

A morte não existe porque se acredita na eternidade do espírito. Eles acreditam que o médium é intermediário entre os vivos e a alma dos mortos, isso leva a crerem que existe a possibilidade de comunicação com o espírito que já deixou aquele corpo. Essa é a base que se aprender nos estudos dos livros de Allan Kardec, pai do espiritismo. Para os espíritas quando o corpo morre, o espírito se desliga e fica no mundo espiritual se preparando para uma nova reencarnação, e elas acontecem quando esse espírito atingir sua evolução. Não existe luto, e o corpo é velado, enterrado ou cremado.

Judaísmo

Os judeus acreditam no fim de um corpo material, e que a vida é feita de mudanças. Para eles existe outro mundo que recebe as almas, mas ela pode retornar á terra em outro corpo para que complete sua missão. O corpo do morto é envolvido em panos brancos e o caixão é fechado para que ninguém mais o toque. Familiares e amigos rezam salmos, e os mais próximos cortam o tecido da roupa para mostrar o luto. Na primeira semana, os parentes se reúnem para rezar em casa. Somente o espírito vale então espelhos, que refletem o corpo material, são cobertos. E todos os anos a pessoa é lembrada na data de morte.

Cada um tem a sua crença, mas cada pessoa deve estar preparada para passar pela vida. Ela deve viver cada dia intensamente, como se ele fosse o último. Se as ações forem positivas, a vida valerá à pena. Não deixe para amanhã o que você pode fazer por você e pelo seu próximo. 


Popularização do Beisebol

O início da popularização do beisebol

Conheça esse esporte que lá fora é muito praticado


O beisebol ainda é um esporte não muito popular no Brasil. Na região de Campinas, o grupo Tosan é um dos responsáveis por popularizar e ensinar o esporte. É um esporte bastante praticado e conhecido pelos japoneses, e muito conhecido lá fora. Há 50 anos o Tosan existe, e tem o beisebol como um esporte de estratégia. Como funciona o beisebol, e quais são as suas regras e estratégias desse esporte.
O esporte é praticado por dois times de nove pessoas e quatro juízes. OS times se alternam na defesa e no ataque, e os jogos são divididos em nove tempos, os chamados innings. Cada tempo é dividido em duas partes, na primeira um time ataca e se defende no segundo tempo. Em caso de empate são disputados tempos extras até que se encontre o vencedor.
O presidente da Associação Tosan, o senhor Taketoshi Ide afirmou que o esporte é praticado por meninos e meninas de 7 a 15 anos, por adultos, e também por veteranos com idade de aproximadamente 70 anos. “Quem pratica o esporte, tem por objetivo principal conseguir uma estrutura de formação como pessoa, além da integração em equipe. É necessário também um bom preparo físico”.
Para Taketoshi, o esporte não é popular no Brasil, porque falta divulgação, porque é um esporte que necessita de estratégias, de preparo. “É um dos esportes que mais se demora a aprender”. No caso da Tosan, o objetivo maior é dar uma base para que as crianças aprendam. Começa-se pela teoria, além de aos poucos ir introduzindo as técnicas, porque só a teoria é cansativo. 
O problema maior é que a herança cultural das pessoas se modificou. “Hoje as crianças não sabem correr. Elas têm carro para ir à escola. E os hábitos são outros, ficam a frente do computador, comem salgadinhos, são fanáticos por controle remoto. O lado social também é deixado de lado, as crianças estão conversando apenas virtualmente”. Lá fora o esporte é muito praticado nos Estados Unidos, em Cuba, no México.
No Beisebol existem algumas regras e estratégias de pontuação. O Strike corresponde a um arremesso e a bola passa embaixo do ombro, em cima do joelho e entre a base. O Ball é quando a bola passa fora das medidas do “Strike” e o batedor não faz o “Swing”. Para avançar as bases o corredor precisa após rebater, tentar entrar em alguma base. O corredor que está na base só pode correr quando o arremessador faz o movimento de arremesso.
O batedor avança as bases quando após uma rebatida que bate no chão, ele pode tentar entrar na base, ou quando o arremessador acerta a bola nele (“Walk”), ele vai para a primeira base. Outra regra importante é quando o batedor é eliminado por “Fly Ball”, ou seja, a bola pega no ar é o corredor que esteja em alguma base que corre.

Surgimento Beisebol
 O beisebol tem suas raízes na Inglaterra, antes de 1700. Folcloricamente acredita-se que Abner Doubleday é a pessoa que trouxe para Nova York, cem anos depois. Em 24 de setembro de 1946 surgiu a Federação Paulista de Beisebol.Em 1951, realizaram-se os Primeiros Jogos Panamericanos, e o Brasil formou pela primeira vez a sua Seleção Nacional de Beisebol.
Já em 1988, de olho nas olimpíadas de Atlanta, a CBBS (Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol), intensificou a preparação dos atletas. Trouxe técnicos japoneses e cubanos para ministrarem clínicas para técnicos brasileiros e jogadores, e promoveu, no Brasil, vários eventos internacionais.


A magia do picadeiro


O circo não pode perder a fantasia das crianças


     A chegada do circo era um acontecimento festivo nas cidades, era a reunião de adultos e crianças que passavam algumas horas entretidos no mágico mundo circense, era a forma de adocicar a vida. Mas os anos se passaram e os costumes culturais se modificaram e o circo passou a ser menos valorizado.
     Porém o circo não pode parar, e ele nunca vai se acabar. È o que afirma Marcos Frota, diretor do mais novo centro de convivência artística de Campinas, que começou a funcionar na Lagoa do Taquaral no começo de julho. O mágico e lúdico ambiente circense invadiu a cidade, trazido por Frota, a elogiada Universidade do Circo (Unicirco), que agrega espetáculos, projetos sociais e desenvolvimento de artistas circenses.
     Para Frota, as pessoas não perderam o circo, o que é necessário acontecer é a sua redescoberta. “O circo precisa ser redescoberto pelas pessoas, pois é uma arte milenar, que não vai acabar nunca, pois está impregnada no inconsciente da humanidade. O público, principalmente a criança, precisa é de estímulo para ir ao circo, porque eles gostam.”
     O que houve foi uma mudança de costumes. Hoje, com a globalização, a internet e as demais tecnologias de informação e toda a indústria do lazer que foi criada, o ato de brincar acaba sendo menosprezado em troca de diversões eletrônicas, como o videogame, troca – se o teatro, o circo, os fantoches pelo cinema, o DVD. Para Marcos Frota, toda a equipe do circo precisa trabalhar para que o circo não fique para trás. “O circo não pode perder a atenção das crianças, porque quem mantém viva a chama do circo são elas. O circo tem que se disponibilizar da tecnologia, tem que dispor de criatividade, de energia, de material urbano para ser reinventado a ponto de participar da discussão brasileira ao lado do teatro, da música, da ópera, da dança, do cinema, da literatura e das artes plásticas. O circo não pode ficar só na tradição, ele tem que juntar o antigo circo e o novo circo, capaz de prender a atenção das crianças e continuar emocionando aos adultos. Esse é o desafio do circo atual”.  

     Magia e alegria
     O circo é livre para receber qualquer artista e qualquer público. Prova disso é o cadeirante, Rafael Antonio do Nascimento Ferreira, de 22 anos que faz movimentos de dança olímpica e break, há cinco anos. A deficiência nunca foi um problema na vida de Rafael que apesar de ter artrogripose congênita, possui força nos ossos. “Quando entro no palco e vejo cerca de duas mil pessoas me olhando admiradas com meu trabalho, isso é muito gratificante”, afirma. 
     Adultos e crianças entram em um clima totalmente leve quando estão próximos do picadeiro. O diretor Marcos Frota afirma que o circo consegue tornar a vida mais leve. “Você se compreende mais, você se perdoa mais, você fica menos exigente, menos estressado. O circo dá uma leveza espiritual para o caminho da gente. É uma mistura de gerações, mistura classes sociais, quebra barreiras e preconceitos. O circo é uma atividade lúdica, eterna e universal. É uma honra para mim, hoje, com 54 anos de idade, 30 de carreira e 25 de circo ser considerado pelo público brasileiro também como artista do circo.”
     O trapezista Adriano Gouvea tem 20 anos, e também faz cama elástica e saltos de solo. Para Adriano, “o circo serve para refrescar a mente dos mais velhos, todos voltam a ser criança, a se divertir. E é essa a maior importância do circo, a sua magia. A criança vê a brincadeira do circo, fantasiam os números. Se alcançarmos o objetivo de entreter, fascinar e levar alegria ao nosso público ganhamos nosso dia”.  

     A arte do circo está esquecida?
      Para Marcos Frota, não. O que ocorre é a falta de incentivo. O circo encontra muita dificuldade de terreno, de divulgação, de mídia, de patrocínio. Para solucionar isso deveria haver divulgação bem forte por parte do Ministério da Cultura a respeito da conceituação e da importância da arte do circo na vida das pessoas. Além disso, é existir a cumplicidade do poder público a fim de facilitar terreno, luz, água, banheiros, acessibilidade, para que o circo sempre encontre por parte do público o respeito de qualquer outro segmento artístico.



Perfil João Paulo Porto

Joalheiro: João Paulo Porto

Esmeraldas, diamantes, rubis, são diferentes pedras que podem ser usadas em anéis, brincos, colares e uma variedade de outras jóias. E que tal uma com um joalheiro pessoal? Isso é possível graças ao trabalho, realizado pela Eloi Porto, de João Paulo Porto, um joalheiro capaz de captar a percepção de sua freguesa e avaliar qual é a jóia que se adéqua ao momento da cliente. Seja para sair do senso comum, seja para se diferenciar das outras pessoas, ou mero luxo. João Paulo está pronto para satisfazer a compradora. Com 23 anos de idade, o joalheiro acredita que já possui uma boa experiência e que pode ir muito longe. Conheça um pouco mais desse jovem que faz muitas pessoas felizes.

Início de tudo

“No início de 2003 comecei a auxiliar meu pai na oficina de jóias que ele tem. Eu era auxiliar de ourives, estava aprendendo como se faziam jóias. Mas descobri que não tinha o dom. No entanto, pude perceber que o atendimento que eu dava aos clientes, quando meu pai não estava presente era muito satisfatório, eu conseguia perceber qual era o desejo dos clientes. Em 2006, fiz um curso livre de design de jóias, e comecei a atuar desenhando as jóias, tendo a técnica necessária para produzir e modelar uma nova peça”.

Realização profissional


A Eloi Porto me incentivou e permitiu que eu me tornasse um profissional realizado tanto profissionalmente quanto pessoalmente. A profissão é uma realização pessoal. Para mim jóias são fascinantes, é a expressão da identidade de uma pessoa. Acredito que conquistei esse espaço principalmente pelo meu diferencial no atendimento e na busca da excentricidade da joalheria, o resgate do único. Mesmo nas minhas semi-jóias busco a diferenciação no design e nas pedras. Tento inovar sempre e acredito que estou conseguindo. O único ponto negativo é a insegurança que vivemos, pois tornamos pessoas visadas. As jóias são objetos de luxo, portanto, de alto valor.”.

Fora de circuito
“Quando não estou atendendo os clientes, ou desenhando as jóias, minha maior forma de se divertir é estar com minha família. Acredito que ela é a base de tudo. Após Deus, e eu, a família é que mais merece meu carinho, minha atenção.”

Uma crença

“Sou uma pessoa que possui muita fé. Acredito muito em Deus, e tenho a certeza que qualquer coisa que acontece comigo tem a mão de Deus”.


Sonhos
“Acredito que sempre vale a pena ter projetos futuros. E, no momento, tenho dois grandes objetivos. O primeiro deles é fazer da Eloi Porto uma marca forte, para que ela se torne uma referência em jóias. Além disso, penso em abrir um escritório próprio”.


Studium salão – Ponto de vendas
Eloi Porto - www.eloiporto.com.br


Solteira Após os 40

Solteira após os 40

Para a maioria das mulheres que já passaram dos 40, casamento não é prioridade



Alguma coisa acontece depois dos 40 e as mulheres ficam totalmente descaradas. Todos os conceitos e crenças que temos aos 20 e 30 parecem descer pelo ralo durante um banho e tudo muda, deve ser o auge da vida mesmo. Se hoje elas esbanjam beleza, elegância, independência, inteligência é porque conquistaram o seu espaço.
Essas mulheres querem tudo: beleza, realização pessoal e profissional, estão emocionalmente mais equilibradas e acima de tudo elas tem alcançado um espaço visível diante de homens. De acordo com a psicóloga Lunalva Fiúza Chagas de 51 anos, “o homem não é mais o provedor a quem ela deve submissão, mas um parceiro que deve andar lado a lado, construindo o futuro, dividindo tarefas e opiniões. Estar solteira após os 40 anos abre possibilidades de conhecer um número maior de parceiros e viver experiências diferentes a cada dia.”
Roberta Andrade Oliveira, de 46 anos, que no momento não tem nenhum companheiro, acredita que os relacionamentos não estão mais duradouros e que a mulher está tendo que se manter sozinha.
A psicóloga Lunalva concorda com essa idéia e afirma que na década de 50 a condição da mulher era diretamente relacionada com sua situação civil: - a solteira, a esposa, a dona de casa, a mãe, a viúva. “Atualmente casam mais tarde e geram menos filhos. Alcançaram independência emocional e financeira e podem ser classificadas como ‘ pessoas que sabem o que querem’.”
Para Estela Silva de 45 anos faz falta ter alguém para dividir os momentos, ter com quem conversar se abrir, pedir opiniões. No momento “estou com uma pessoa, mas sempre sentimos aquela insegurança no começo de um relacionamento, isto acontece porque não sabemos o que vai acontecer, pois todo começo é bom e maravilhoso. É muito bom estar com alguém que te completa e que te faz feliz, todos queremos esse ser feliz pra sempre, mas nem sempre é possível

Outras preocupações

Ter acima dos 40, para muitas não é motivo de vergonha. São mais seguras emocionalmente podendo superar os obstáculos com mais tranqüilidade e sabedoria.
  Por estarem solteiras, lhes sobra mais tempo para cuidar, por exemplo, do corpo, com isso fatalmente a auto-estima é elevada. A psicóloga Lunalva afirma que “parece existir uma obsessão pela perfeição corporal e uma auto-exigência nociva. È uma geração que privilegia o individual, a carreira, os amigos, o lazer, conhece mais seu corpo, o próprio desejo”.
Anita Scapoldaro começou a se cuidar somente agora, preocupando-se com a alimentação e a ginástica. Ela complementa “aos 40, nós mulheres precisamos de alguém que nos cuide”.

O parceiro?

Mas, e se essas mulheres pudessem escolher o parceiro que na opinião delas seria o ideal? Roberta Andrade acha que “É difícil dizer as características, pois o coração não obedece a esses critérios. Não procuro ninguém, mas se encontrar alguém especial seria bom, um homem maduro, com estabilidade, companheiro, parceiro para todas as horas e não possessivo. Já para Estela Silva é mais do que isso, pois para ela o físico não é mais importante. “O corpo sarado um dia acaba, mas se houver amor verdadeiro o interesse nunca vai embora”. 


Perfil do Cabelereiro Marco Franco

Marco Franco, da conversa a criatividade nos cabelos

Quem não conhece Marco Franco? Ele é um dos melhores cabeleireiros da cidade de Campinas. Dono de um salão no Cambuí, Marco Franco em conversa com a revista Staff demonstra sua simpatia e acima de tudo sua humildade. Marco fala sobre a importância que a criatividade ocupa em sua vida, e como gosta da profissão que escolheu exercer. Nascido num sitio na cidade de Valinhos, até hoje conserva a simplicidade que traz desde a infância. Sua maior preocupação é ouvir atentamente o que o cliente realmente quer quando se trata de cortes e penteados e o ajuda a fazer a escolha que mais favorecerá essa pessoa.
O Início de tudo
“Em 1980 foi quando eu tive contato pela primeira vez com essa profissão. Foi meio ao acaso, eu havia sido convidado para fazer a parte contábil de um grande salão. E eu não gostava do que fazia. Na época existiam dois grandes salões, e um deles havia me chamado para trabalhar. Nesse período eu comecei a gostar as pessoas eram muito sofisticadas, muito elegantes, de certo glamour, que hoje já não existe. Mas foi em 1984 que comecei realmente a cortar cabelos.”
Chamariz da profissão
“É o ato de cortar e melhorar a aparência de uma pessoa, a auto-estima, a imagem. Eu olho as revistas, faço pesquisas, mas dou um mergulho dentro de mim e crio o meu jeito de fazer. Mesmo estando diante da posse da técnica, de como fazer, tenho a certeza de que é necessário um toque pessoal, algo que valorize aquele corte. Meu salão representa a possibilidade de demonstrar a minha criatividade. E isso me sustenta emocionalmente. Para mim são necessários pelo menos de 5 a 10 minutos para sentir a cliente e ver o que ela deseja”.
Uma paixão além das tesouras
“Do mesmo jeito que eu gosto de estar rodeado de gente e trabalhando muito, eu gosto de estar sozinho. Do mesmo jeito que gosto de ser urbano, de ar condicionado, de falar de moda, eu também gosto de estar no meu sitio, com meus bichos, com meus cavalos. Cavalgar é meu hobbie, é uma forma de relaxar. Gosto bastante de cavalos eu estudei sobre as raças para descobrir o que melhor se adequaria a minha pratica de cavalgada rural. Esse é o meu lado menino que viveu no interior, de origem simples, mas com uma mesa farta.”.
Religiosidade X Espiritualidade
“Sou uma pessoa ligada ao sagrado, à religiosidade, a espiritualidade. Isso ocorre desde minha infância, aprendi com minha mãe a rezar, a respeitar. Sou devoto a Deus e a Virgem Maria. Sou apaixonado pela Virgem Maria e creio que sem ela não dá para viver. Em minha opinião só é possível a vida real se existir um pouco de fantasia, criatividade e principalmente religiosidade. Caso contrário tudo fica muito vazio, não se cria, não se fica feliz, não se passeia pelos lugares. A fé é o que fica em nossas vidas acompanhada da família, dos amores, dos amigos”.  


O medo que tortura - matéria sobre Síndromes e fobias...

O medo que tortura
Fobias e transtornos do pânico atormentam milhões de pessoas: mas o que é a síndrome do pânico

"Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer com que as coisas não pareçam o que são." A frase é do autor espanhol Miguel de Cervantes e está no clássico Dom Quixote, escrito no século XVII. Tendo como exemplo, essa frase sintetiza o que ocorre com pessoas que freqüentemente buscam os psiquiatras, é o medo patológico. Esse medo ocorre em relação a situações que estão longe de representar uma ameaça real. Pode ser de avião, de altura, de elevador, escuro, de um animal doméstico ou ate de pessoas. O medo patológico é também chamado de fobia. Situações de medo, desespero, susto podem levar a um novo tipo de transtorno que está se tornando conhecido pelas pessoas é a Síndrome do Pânico.
A palavra fobia vem do grego phobos. Phobos significava a divindade mitológica que era capaz de trazer um medo incontrolável. Por esse motivo, os escudos dos soldados gregos abundantemente apresentavam imprimida a imagem de Phobos – dessa maneira, acreditavam ser mais fácil apavorar seus inimigos. E dessa definição começaram a surgir os inúmeros medos e conseqüentemente os transtornos de pânico. Aumentou-se o número de registros de casos de pessoas que sofrem algum transtorno do pânico, principalmente porque a maioria das crises está ligada a quadros de ansiedade, angústia e depressão.

Síndrome do Pânico
O conceito de síndrome do pânico pode confundir o leitor, e quase sempre isso ocorre. De acordo com a médica, residente do 3º ano de Psiquiatria da Unicamp, Fátima Therezinha Munhoz D'Ottaviano, o transtorno do pânico consiste na recorrência de ataques de pânico, que são períodos de 20 a 30 minutos caracterizados pela sensação de morte iminente, medo intenso de perder o controle ou de enlouquecer, taquicardia, sudorese, tremores, falta de ar, desconforto torácico, náusea, tontura, formigamento, calafrio, ondas de calor. São necessários quatro ou mais desses sintomas para se fazer o diagnóstico. O paciente passa a ter medo de novos ataques e restringe sua vida em função disso.
A psiquiatra ainda complementa que qualquer pessoa pode vir a ter  um ataque de pânico. “Mas esse ataque isolado não indica o transtorno do pânico em si, que se caracteriza por ataques de pânico recorrentes, que se repetem de tal forma que interferem substancialmente na vida do indivíduo”.
A residente da Unicamp conta que mesmo sendo os ataques espontâneos, sabemos que existem alguns fatores que tornam o sujeito mais vulnerável ao  transtorno do pânico. “Experiências de desamparo e perdas na infância e juventude, bem como outros eventos estressantes na história de vida, e um manejo mal sucedido do estresse do dia-a-dia podem contribuir para o desencadeamento do transtorno de pânico. Fatores biológicos estão também claramente implicados na susceptibilidade do sujeito ao transtorno do pânico”

“Não desejo nem para meu maior inimigo”

O comerciante Henrique Verrone de São Paulo está em tratamento da síndrome. Ele não deseja para ninguém, nem para seu inimigo, um mal como esse. Henrique teve sua primeira crise quando estava se dirigindo de carro ao trabalho, quando subitamente começou a suar, sentiu o coração disparar, a boca secou e faltou ar. Ele pensava que era um ataque cardíaco e a única coisa que queria era chegar no serviço para pedir ajuda. Ao chegar não estava sentindo mais nada, e deixou para lá. As crises “começaram a se tornar freqüentes diante de algumas situações como um simples passeio no shopping, a fila do banco, comecei a fazer terapia que me ajudou muito, principalmente a identificar as situações onde eu passava mal. Dentre as mudanças que percebi a mais significativa foi identificar as situações onde ocorriam as crises”. 
Para a Relações Públicas, Kate Cristina, um dos grandes problemas que as pessoas que sofrem dos transtornos de pânico passam é o preconceito. “Na entrevista com um anestesista para uma cirurgia no joelho, contei que tinha o problema. Ele disse que então “daria anestesia geral” para evitar que eu o “perturbasse” depois da cirurgia enquanto o efeito da anestesia não passasse. Fiquei chocada. Por “acaso passei por outra cirurgia semana passada e não disse que sofro de síndrome do pânico”. Isabel ainda conta que por causa das crises isolou-se. Não vai a alguns lugares e também se isolou de algumas pessoas por medo que elas percebessem.

Tratamento Médico e energético
Não podemos nos esquecer de falar das formas de tratamento da síndrome do pânico. O tratamento se baseia em medicações antidepressivas , ansiolíticas (num primeiro momento), além da psicoterapia, que também pode auxiliar. No entanto, a Psicóloga clínica, especializada em técnicas corporais, acupunturista, homeopata e massoterapeuta, Marina Paesano, acredita que além do tratamento da psicoterapia, a “acupuntura atua no campo energético do paciente, sendo uma técnica facilitadora para a cura física, mental e emocional. O indivíduo equilibrado é saudável! O diagnóstico provável para a síndrome do pânico na acupuntura é o distúrbio do Shen (mente). Como o Shen habita no Coração, normalmente este paciente pode apresentar Fogo no Coração, normalmente advindo de uma deficiência do Rim (que é responsável pelo medo) que controla o Coração. O tratamento na Acupuntura sempre foca o equilíbrio dos cinco elementos (água, fogo, terra, metal e madeira). As síndromes energéticas desenvolvidas são individuais, então, frente ao diagnóstico, é feita a escolha de pontos para equilibrar o paciente.
O paciente que tem transtorno do pânico tem que se conscientizar de que o ataque de pânico não mata. Mas ele deve procurar ajuda. Somente com medicações e terapias, além da busca do equilíbrio individual é que esse medo que tortura não incomode mais. 



Edição 37

Segunda edição.

Experiência aumentando.
Mais garra.
E várias matérias sendo publicadas.
Que alegria, ver um trabalho seu chegando a mão de várias pessoas.