Perder e (atenção) manter o peso
Depois das dietas vem o maior dos desafios, manter a silhueta e o maior segredo é a vigilância
Inúmeros jovens e adolescentes, principalmente as meninas tem uma intensa preocupação com o peso e as gordurinhas que aparecem no corpo. Em outros casos, há jovens que precisam lutar contra a balança naquele efeito sanfona do emagrece-engorda-emagrece, experimentando todas as dietas da moda, a da laranja, a da lua, a da proteína, segurando a fome até não agüentar mais e daí devorando doces e copos de refrigerante. Cansado desse efeito? O segredo é mudar os hábitos de vida e perseverar nessa luta, é ter uma reeducação alimentar.
O primeiro passo é ter uma refeição balanceada, composta de todos os componentes necessários a sobrevivência, inclusive carboidratos. Não importa onde esteja, a caminho de uma reunião, ou em férias, faça as refeições regularmente e de modo saudável. Não é necessário abrir mão por completo di croissant do café da manhã do hotel, é se regular e não comê-lo diariamente.
Qualquer dieta que siga o princípio de levar uma pessoa a ingerir menos calorias do que gasta faz emagrecer. O problema consiste em manter o novo peso por um longo período. Nestas duas últimas décadas, especialistas de diversos centros se dedicam a esse estudo do efeito sanfona, e que apenas 20% de homens e mulheres que fazem dieta conseguem manter o peso. O National Weigh Control Registry (NWCR), fundado em 1994, é um centro especializado em perda de peso e tratamento de obesos, dos mais de 5000 indivíduos que perderam peso significativo (pelo menos 14 kg), chamados de “perdedores de sucesso”, conseguiram manter essa perda por pelo menos um ano.
Os mandamentos da manutenção do peso
Os “perdedores de sucesso” têm em comum algumas características: 90% mantêm um alto nível de atividade física. As mulheres gastam 2000 kcal por semana e os homens 3300 kcal por semana com exercícios físicos ( o primeiro mandamento), sendo a caminhada a modalidade mais comum. Isto significa cerca de 60 a 90 minutos por dia de atividade física moderada a intensa. 62% assistem menos de 10 horas de televisão por semana. E o mais interessante: possuem uma dieta de 1300 a 1500 calorias por dia, pobre em gorduras e rica em carboidratos (apenas 24% das calorias vêm de gorduras).
Pesar-se com freqüência: para manejar melhor a alimentação e a atividade física. Mas não é necessário pesar-se após cada refeição feita.
Não perder o controle no fim de semana: a dieta do sábado e do domingo pode ser mais liberal, mas é preciso ter limites, e continuar com a atividade física, por exemplo, caminhando no parque ou andando de bicicleta.
Tomar café da manhã todos os dias: pular o desjejum é prejudicial, pois a refeição ativa o metabolismo, retirando-o do “modo lento” da noite, em que a queima de calorias é menor. E quem toma café da manhã tende a se alimentar com mais freqüência e porções menores.
Limitar o consumo de gordura: no máximo 24% dos nutrientes consumidos para uma dieta equilibrada.
Evitar comer fora de casa e preparar as refeições: para ter controle sobre o que se está ingerindo.
Fazer cinco refeições diárias: o organismo interpreta um jejum prolongado como um sinal de alerta para economizar energia, e manter as funções vitais. Ou seja, o ritmo metabólico é menor. O ideal é ter intervalos de três ou quatro horas entre as refeições para manter o equilíbrio.
Pensar em calorias: é importante ter ideia do que se come, e se os alimentos são muito ou pouco calórico.
Eliminar o fast-food do cardápio: a combinação de hambúrguer, batata frita e refrigerante é devastadora, além de ricos em carboidratos, nutrientes de digestão rápida, são muito calóricos e saciam por pouco tempo a fome.
Os 5 pecados de quem vive em guerra com a balança
1. Estabelecer metas impossíveis: é incompatível com a genética, o estilo de vida e a saúde. A pior conseqüência de não conseguir atingir a meta é recuperar os quilos que perdeu.
2. Pular de uma dieta da moda pra outra: isso leva a uma exposição do organismo a períodos de extremas restrições, seguidos de outros de muitos excessos. A pessoa engorda e muito e aumenta além do peso do que quando tinha começado o processo de emagrecimento.
3. Comer para compensar as emoções negativas: Para deixar de fazer da comida a válvula de escape psicológica é preciso ajuda para identificar e reprogramar os gatilhos que levam a comer compulsivamente.
4. Não ter prazer à mesa: Fazer das refeições um momento de tortura é uma estratégia para afundar qualquer projeto de perda de peso.
5. Não fazer exercícios: a atividade física é o principal aliado na perda de peso, e sem ele, a dieta deverá ser muito mais restritiva e, portanto, mais difícil de seguir.
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