sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Entenda a alergia alimentar


Entenda a alergia alimentar

Conheça mais sobre esse problema que se manifesta de formas diferentes, e cuide-se

A mudança repentina de tempo, acompanhada da freqüência de espirros, tosses e de ambientes muito lotados, com falta de água, como nas praias, podem ser sintomas de gripe, resfriado ou alergia. Dos mais diversos gêneros, o mofo, a poeira, o cigarro, a poluição, não são os únicos responsáveis por desencadear alergias no organismo. Você sabia que os alimentos também podem provocar alergia? Para algumas pessoas, comer amendoim, camarão, chocolate provocam sintomas desagradáveis decorrentes de processos alérgicos.
A alergia alimentar é ocasionada pelo aparecimento de reações adversas após o consumo de alguns alimentos, tendo como mediador o sistema imune. Nesse caso, o organismo identifica esse alimento como uma substancia ameaçadora, estranha que precisa ser eliminado.
Essas reações acometem 6 a 8% das crianças com menos de três anos de idade e de 2 a 3% dos adultos. Quem já possui outras doenças alérgicas apresenta com maior incidência a alergia alimentar. 38% das crianças com Dermatite Atópica têm alergia alimentar e 5% das crianças com asma, também possuem a alergia.

Alergia ou intolerância alimentar?

Muitas pessoas confundem alergia alimentar com intolerância alimentar, um dos motivos é que ambas causam um enorme desconforto e nos privam de consumir determinados alimentos. A alergia ocorre quando o sistema de defesa do organismo acha que o alimento consumido é perigoso, e então, ele produz para se defender anticorpo. Consequentemente essa reação incita outras células a liberarem a “histamina” que afeta o sistema respiratório, digestivo (dor abdominal, vômito, diarréia), a pele. Normalmente os alimentos que ocasionam alergia são os que possuem alto teor de proteína, principalmente as de origem vegetal e marinha. 
Já a intolerância alimentar, apesar das reações adversas, não envolve o sistema de defesa do organismo. O exemplo mais comum é a do leite, que é provocada pela falta da enzima lactase no corpo, a responsável pela digestão do açúcar presente no leite. Entre as substancias que já foram relacionadas à intolerância estão os conservantes, intensificadores de sabor, corantes e antioxidantes.

Fatores, diagnóstico e tratamento
Clinicamente é possível perceber a alergia alimentar quando se percebe uma destas reações: urticária, inchaço na pele, coceira, eczema, diarréia, dor abdominal, vômitos, e influencias no aparelho respiratório, causando tosse, rouquidão e chiado no peito. Além disso, em crianças pequenas pode ocorrer à perda de sangue nas fezes, o que vai ocasionar anemia e retardo no crescimento, além de sintomas nasais isolados não muito comuns.
Os fatores mais comuns são a predisposição genética, a potência antigênica de alguns alimentos e alterações de nível do intestino. Estudos indicam que de 50 a 70% dos pacientes com Alergia Alimentar possuem história familiar de alergia. Se o pai e a mãe apresentam alergia, a probabilidade de terem filhos alérgicos é de 75%.   
O diagnóstico depende da interpretação conjunta da história clínica minuciosa, dos dados do exame físico acompanhados dos exames laboratoriais. Uma história precisa é importante para determinar o “timing” da ingestão e o aparecimento dos sintomas, o tipo de sintoma. Por isso, testes confiáveis são realizados.  O chocolate raramente causa alergia,quando isto acontece, torna-se necessário pesquisar alergia ao leite de vaca ou à soja, usados em sua fabricação.
Não existe ainda um remédio para tratar especificamente a alergia alimentar, apenas para os sintomas. Orientações são dadas ao paciente para que ele substitua o alimento excluído e evite as deficiências nutricionais, principalmente em crianças. Não existe meio de prevenir a alergia alimentar, mas sim perceber sua existência. Em recém-nascidos o estímulo ao leite materno no primeiro ano de vida é fundamental, assim como a introdução tardia de alimentos sólidos potencialmente provocadores de alergia. Recomenda-se a introdução deles após o sexto mês, o leite de vaca após um ano de idade, ovos aos dois anos e amendoim, nozes e peixe, somente após o terceiro ano de vida.


ALIMENTOS PARA FICAR ATENTO
ü Leite, Iogurte e Queijos
A reação é ocasionada por algumas proteínas presentes nesses alimentos. Também existe a intolerância à lactose (o açúcar natural do leite), decorrente da redução na produção da enzima (Lactase) que a digere. A redução da lactose ocorre naturalmente conforme crescemos. O leite de vaca é o principal alimento causador de alergia em bebes.
ü Glúten
É um tipo de proteína encontrada no trigo, centeio, cevada e aveia. Também está presente nos produtos produzidos desses cereais, como as farinhas, pães, biscoitos, massas etc.

ü Ovo
A clara é a mais alergênica. Fique atento a preparação à base desse ingrediente, como mousses e merengues.
ü Peixe e Frutos do Mar
Esse grupo, além do peixe, inclui mariscos, lagostas, camarões, ostras.
ü Frutos secos
O grupo inclui amendoim, nozes, amêndoas, castanhas.
ü Soja
E os seus derivados, como: farinha, proteína texturizada, tofu...
ü Aditivos
(adicionados aos alimentos)
A alergia é provocada principalmente por corantes e conservantes.
ü Frutas e Hortaliças
Tomate, kiwi, morango, frutas cítricas, banana e espinafre.





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